Governo totalitário de Xi Jiping “treina” tibetanos para trabalhos análogos a escravidão na indústria têxtil e construção civil.
Moradores de zonas rurais do Tibete, região controlada pela China comunista, têm sido “convocados” para a realização de “treinamentos” organizados pelo governo de Pequim. De acordo com a agência de notícias Reuters, mais de meio milhão de pessoas passaram pelo processo idealizado para “fornecer trabalhadores leais para a indústria chinesa”(vulgo, mão de obra escrava a serviço do partido revolucionário).
Mais de 500 mil tibetanos foram recrutados obrigatoriamente de janeiro a julho de 2020, o que representa 15% da população da região. Com acesso a documentos sobre o tema, a agência internacional informou que a maioria dos habitantes foi encaminhada para outras províncias da China. No Tibete ou em outras localidades, boa parte é destinada para “empregos mal remunerados”, análogos a condições de trabalho escravo, na indústria têxtil, no setor da construção civil e no ramo da agricultura.
A situação de doutrinar forçadamente pessoas do campo para o meio de produção urbana representa um ataque do governo chinês contra o povo do Tibete, afirma o pesquisador Adrian Zenz. “Este é agora, em minha opinião, o ataque mais forte, mais claro e direcionado aos meios de vida tradicionais tibetanos que vimos quase desde a Revolução Cultural”, comenta o especialista. Ele afirma que a ação de Pequim é “coercitiva”. Ou seja, totalitária.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da China nega que esteja forçando trabalho entre a população rural do Tibete. “O que essas pessoas com segundas intenções estão chamando de ‘trabalho forçado’ simplesmente não existe. Esperamos que a comunidade internacional diferencie o certo do errado, respeite os fatos e não se deixe enganar por mentiras”, disseram os porta-vozes do regime comunista.
Vale lembrar que, nos últimos meses, o governo chinês vem trabalhando de forma mais intensa na repressão interna ao livre mercado (tendo maior mão de ferro nas atividades industriais e comerciais). Além disso, intensificou a perseguição aos grupos religiosos (em particular, os Cristãos e a etnia Uigur) além da liberdade de expressão dos cidadãos chineses.
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